Não existe neste nosso mundo, duas pessoas iguais.
Comecei este texto com esta sentença simples, direta e objetiva, pois ela irá nortear a ideia sobre a qual desejo escrever. Não há, enfim, ninguém igual a você neste mundo. Ponto.
Em nenhum momento você encontrará outra pessoa que pense exatamente como você em todos os assuntos, que tenha a mesma visão de mundo e que tenha os desejos que você tem. Sequer irmãos gêmeos pensam igual o tempo todo. Claro, encontraremos em nossas vidas muitas pessoas que têm pensamentos que “casam” com os nossos em vários assuntos, e se forem assuntos importantes para nós, criaremos uma afinidade com estes, mas mesmo assim haverá uma outra infinidade de perspectivas que não serão as mesmas entre nós.
As pessoas são diferentes, e isso acontece não apenas devido à sua personalidade, que é algo que sim, nasce com ela e é o que a define, mas também é moldada pela experiência de vida que ela teve, que formou seu entendimento sobre a vida, sua noção de mundo, seus anseios e sua esperança. Toda essa estrutura de ideias e convicções que cada um temos à nossa maneira é a principal responsável pelos litígios, brigas e desavenças que acontecem, desde pequenas discussões que destroem amizades, casamentos, famílias, até as grandes guerras movidas por interesses conflitantes, que consomem o mundo e a humanidade.
Mas veja, não é esta diversidade, que em si é boa, a causadora de todos os males, mas a forma como lidamos com ela. Não temos tolerância com opiniões divergentes da nossa, não admitimos que possa haver uma verdade, uma visão diferente da nossa. Mas na realidade há, a verdade que é absoluta para você, pode ser relativa para outro, é uma questão de opinião, e se você parar para ver com os olhos e argumentos que o outro te apresenta, talvez até mesmo compreenda a visão proposta por ele, ou ainda reveja a sua. Isso é interessante não? Mas essa dinâmica tem um nome: EMPATIA. A capacidade de se colocar no lugar do outro e compreendê-lo, em sua complexidade.
Mas ainda, caso a empatia seja uma palavra indecifrável para você, existe ainda outra dinâmica infalível para que o ciclo do ódio nunca se complete, e esta se chama RESPEITO. Considerar o outro e sua visão de mundo tão importante quanto você.
Estas são duas palavras muito em voga hoje em dia, mas será que as compreendemos? Ou melhor, será que nós as aplicamos em nosso dia a dia? Veja, ambas necessitam de um exercício muito importante para que sejam plenamente vividas: projetar seu afeto no outro, compreendendo sua aflição, sua vivência, seu conceito de mundo, buscar entender o que é importante para ele. Assim você verá que a vida pode se apresentar de formas variadas, que há muito mais além da bolha de conhecimentos que criamos ao redor de nós mesmos, e que há realmente, como disse Shakespeare, “muito mais entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”.
Aqui deixo enfim, uma lição que aprendi com a vida: exercite diariamente a ideia de não ter razão em tudo, ouça mais, procure compreender, e viva mais feliz. O mundo é realmente muito maior do que o casulo onde vivemos, existe sempre muito a aprender, a desfrutar, conhecer. Não ser o “dono da razão” amplia nossa visão de mundo, retira o cabresto de nossas convicções e nos permite vislumbrar um horizonte tão iluminado e vasto, que não há forma de não seguirmos adiante, crescendo e progredindo como pessoas, e – da individualidade para a coletividade – evoluir como sociedade.
E despeço-me, devido a sua importância, com a mesma sentença que comecei: Não existe neste nosso mundo, duas pessoas iguais.
Amei… Se vivêssemos com mais respeito e empatia o mundo seria bem melhor! Parabéns Ivandro.
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Sim, se vivessemos assim teriamos realmente evoluido! Obrigado mana!
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