A ANÁTEMA SOB A VELHA FIGUEIRA (Parte 1)

Desde criança, ouvi de meu pai as histórias do que acontecera em Bela Vista alguns anos após o final da segunda guerra. Ele era apenas um jovem garoto naquela época, mas foi testemunha ocular de todo o terror que tomou conta desta pequena, mas próspera cidade, onde vivera até muitos anos após casar-se com minha mãe...

CENA DE CRIME

O dia amanhecera gelado. Uma densa neblina cobria toda a cidade desde as primeiras horas da madrugada, e naquele momento, as 6h30 da manhã, o mundo ainda parecia envolto em uma grande nuvem. Os primeiros raios solares já despontavam no horizonte, mas ainda não iluminavam suficientemente as ruas, e a luz artificial dos postes ainda era a única arma contra a escuridão completa...

TURMA DA RUA 6 – UM CRIME HEDIONDO

Acordar cedo nunca é bom, e é pior ainda quando você é um adolescente e o motivo do despertar é uma manhã inteira de aulas. Era quarta-feira, e isso queria dizer que o final de semana ainda estava longe, e pior, era dia de aula germinada de matemática. Era começo de ano ainda, mas as primeiras aulas com a professora Jacira não foram nada agradáveis e esse ano tudo indicava ...

TURMA DA RUA 6 – AVENTURA NO CONVENTO

Curitiba já era uma cidade grande e muito bem urbanizada, modelo de limpeza e mobilidade Brasil afora, mas a rua seis se localizava no bairro do Boqueirão, no sul da cidade, que era um bairro bastante populoso já nessa época, mas ainda estava começando a se urbanizar, e haviam terrenos baldios espalhados para toda a parte, que eram usados como campos de futebol improvisados...

AUTO DE FÉ – SEGUNDA PARTE: O JULGAMENTO

O salão era amplo e luxuoso, como a sala do trono de um rei em um grande castelo. Tudo era muito limpo e brilhante, em completa oposição à imundície escura em que esteve alojado nos últimos dias de sua vida. As pessoas que se encontravam no salão trajavam vestes limpas de altíssimo corte, roupas de pessoas importantes e poderosas...

AUTO DE FÉ – PRIMEIRA PARTE: A CELA

Havia cheiro de morte. A cela em que se encontrava tinha um forte odor de morte. Estava muito escuro, uma vez que a cela não tinha qualquer contato com o mundo exterior, mas estava ali há tanto tempo que seus olhos já estavam acostumados com a ausência de luz. A cela não era muito grande, tinha o teto abaulado e paredes maciças, tudo feito de pedra bruta. Não tinha piso nenhum, o chão era todo de terra, uma terra escura e estéril...